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Nenhum direito a menos!

04 de Outubro de 2015

Brasil

3 de outubro - Dia Nacional de Lutas- mobilizou todo o país

O Dia de Mobilização Nacional em Defesa da Democracia, da Petrobrás e contra o Ajuste Fiscal tomou as ruas do país neste sábado (03). A manifestação ocorreu em vários estados. O ato foi convocado pela Frente Brasil Popular, formada por centrais sindicais, movimentos sociais e estudantis (CUT, CBT, UNE, MST, entre outros). As lideranças da CNQ estiveram presentes em muitos deles.

De acordo com a CUT Nacional, no Piauí, foi realizada uma atividade de panfletagem em uma das principais praças de Teresina-Praça Rio Branco. Cerca de 3 mil pessoas saíram às ruas de Vitória, zona oeste da cidade. Os manifestantes protestam contra o ajuste fiscal, em defesa da Petrobras e da democracia. Na praça da Rodoviária, Belo Horizonte, o ato reuniu cerca de mil pessoas.

Na Praça da Alfândega, no Centro de Porto Alegre, manifestantes saíram do Largo Glênio Peres e passaram pelas principais ruas do Centro da Capital. Segundo a organização, estiveram presentes cerca de 2 mil pessoas.

No estado de São Paulo, militantes foram às ruas na manhã e promoveram atos públicos em Araçatuba, Bauru, Campinas, Itapeva, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Sorocaba. Na capital, o ato teve concentração na Av. Paulista com quase dez mil pessoas.

Na Paraíba, o ato promovido pela Frente Brasil Popular realizou uma marcha em direção ao Porto de Cabedelo, que vem sendo ameaçado de cortes no abastecimento de gás e petróleo. Mais de 200 trabalhadores e trabalhadoras, militantes sociais, lideranças políticas-partidárias, dirigentes sindicais e gestores da Companhia Docas Paraíba estiveram participando da mobilização. 

Greve dos Petroleiros

Em São Paulo, uma manifestação artística marcou o início do protesto na avenida Paulista. Os artistas relembraram a greve dos petroleiros de 1995, contra a privatização da empresa petrolífera nacional, e denunciaram a manipulação da grande mídia contra a Petrobras. A política econômica de ajustes fiscais e o ministro da Fazenda Joaquim Levy também foram alvos dos protestos populares.

O ato em Salvador começou por volta das 10h, com os manifestantes saindo do Campo Grande até a praça Castro Alves, onde houve mais mobilização. 

Em Fortaleza, a concentração começou por volta de 8h na Praça da Lagoinha, de onde saiu uma caminhada em direção à Praça do Ferreira. Segundo os organizadores, o protesto reuniu quatro mil pessoas.

Impedir o golpe

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, defendeu que os movimento sindical e movimentos sociais têm a missão de impedir um golpe que, caso avance, terão como resposta um enfrentamento ainda maior contra a direita. “Somos os construtores no país, os que constroem os direitos da classe trabalhadora, que lutam por melhores salários, por moradia e por democracia. Não aceitaremos golpe. A Frente Brasil Popular vem para unificar os movimentos sociais no discurso, nas indignações e organizar as nossas lutas”, disse.

Vagner destacou ainda que, a partir do 14º Congresso Nacional da CUT (CONCUT), que começa no dia 13 de outubro, será construída a secretaria nacional de Mobilização, para ampliar a relação com os movimentos sociais. “Temos muito que fazer pelo Brasil, como mudar esta política econômica que é nociva ao povo brasileiro. Chega de ajuste fiscal, o que precisamos é de políticas econômicas diferenciadas, com taxas de juros mais baixas, ter uma política de financiamento do mercado interno e de recursos para a educação, saúde, transporte e políticas públicas”, enfatizou.

Neste CONCUT, Vagner disse que a Central apresentará uma proposta popular de política econômica. “Não é a do [Joaquim] Levy, não é a dos cortes, nem do ajuste, mas uma política voltada para o desenvolvimento do Brasil e do povo brasileiro.”

Com informações da CUT Nacional e da reportagem de Vanessa Ramos (CUT-SP)