O olhar de dirigentes sindicais sobre qualidade de vida no trabalho e mal-estar no trabalho

Confira o artigo que detalha a pesquisa realizada por Remígio Todeschini, ex-presidente do Sindicato dos Químicos ABC, e Mário Cesar Ferreira - ambos da UnB (Universidade de Brasília)

No mês de abril foi publicado o resultado da pesquisa realizada em 2010 entre os dirigentes sindicais químicos e metalúrgicos ligados às duas principais confederações: CNQ-CUT (Confederação Nacional do Ramo Químico) e CNM-CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos).

A pesquisa investigou a percepção desses dirigentes sobre dois temas:

- o que concebem como qualidade de vida no trabalho (empresa respeitadora de direitos; bom relacionamento profissional; realização profissional e realização pessoal; salário, saúde e benefícios dignos; ritmo adequado e ambiente saudável);

- e o que encontram na realidade das empresas relacionado ao mal-estar no trabalho (tratamento autoritário das chefias; postura empresarial desumana; jornada extenuante e risco para a saúde; ritmo acelerado e assédio moral). 

A pesquisa, realizada com um total de 81 dirigentes, teve a participação de 56 dirigentes químicos (ABC e SP, interior de SP principalmente, além da BA e PE)  e 25 dirigentes metalúrgicos (ABC, interior (FEM) e RJ).

“O importante é que a pesquisa científica foi publicada, depois de um verdadeiro corredor polonês de exigências técnicas e científicas, em uma das mais conceituadas publicações de Psicologia do país, a Revista Estudos de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que tem a classificação internacional de A2”, conta Remígio Todeschini, co-autor da pesquisa.

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Foto: Jayanta Behera/SXC