Oficialmente lançada, Frente busca fortalecer Indústria Farmacêutica em SP

A unidade entre os sindicatos de trabalhadoras e trabalhadores, de empresas e o Poder Legislativo em prol da manutenção e do fortalecimento do setor no estado marcou a solenidade de lançamento da Frente Parlamentar da Indústria Farmacêutica de São Paulo, que já reúne 25 deputados estaduais e tem como coordenador o companheiro Luiz Fernando (PT).

 

O Plenário Dom Pedro I, da Assembleia Legislativa, foi o ponto de encontro, na noite de 7 de dezembro, dos segmentos que têm em comum o objetivo de frear a saída de indústrias da área da Saúde para outras regiões e até mesmo para outros países.

Presidente da CNQ-CUT, Geralcino Teixeira destacou o esforço das organizações de trabalhadoras e trabalhadores para que a iniciativa da frente se concretizasse.

 

“O envolvimento dos deputados e dos governos é fundamental porque sabemos que passam por eles decisões sobre a chegada ou saída de empresas”, frisou o dirigente.

 

Pela CNQ, também participaram os companheiros Rosa Dias Trindade, do Conselho Fiscal, e José Deves Santos da Silva, Secretário de Organização e Política Sindical.

 

Estratégico

A Frente Parlamentar reúne duas federações do Ramo Químico com base em São Paulo: a FETQUIM, filiada à CNQ-CUT, e a FEQUIMFAR, da Força Sindical. A solenidade, presidida pelo deputado Luiz Fernando, contou ainda com a participação de representantes do patronal Sindusfarma.

 

Coordenador político da FETQUIM, Airton Cano destacou o caráter estratégico do setor farmacêutico, não apenas para a garantia de empregos, como também para a soberania nacional e a defesa do SUS.  

 

O deputado Luiz Fernando atribuiu responsabilidades à classe política pelo processo de fuga de empresas de São Paulo, que, em sua avaliação, não oferece condições para a produção, por conta de burocracias e regramentos impertinentes. 

 

O parlamentar frisou que o estado representa metade do mercado consumir da indústria farmacêutica no Brasil e que o principal objetivo da frente é “parar de perder indústrias”.

 

Um dos próximos passos após o lançamento é ampliar o número de deputados participantes da iniciativa, independentemente dos partidos políticos aos quais são filiados.

 

Movimento sindical organizado

Presidente dos Químicos de São Paulo, Hélio Rodrigues ressaltou que a pandemia reiterou a importância da persistência da pauta pela indústria farmacêutica. “Sobre essa defesa pelo estado, não é questão de bairrismo, mas pela posição estratégia do setor”.

 

Secretária de Comunicação da FEQTUIM, Nilza Pereira de Almeida destacou que as ações devem estar articuladas com fatores de abrangências nacional e internacional, e com outros setores relacionados à cadeia produtiva farmacêutica, como os do vidro, do papel e do plástico.

 

Raimundo Suzart, presidente dos Químicos do ABC, frisou que o setor pesará negativamente na balança comercial brasileira, em razão da importação de insumos para o desenvolvimento de medicamentos.

 

Também participaram da mesa Edson Carneiro Índio, Secretário-Geral da Intersindical, e, representando a Sindusfarma, Bruno Abreu e Arnaldo Jorge Pedace.

 

Texto: Vinicius Lousada
Fotos: Dino Santos/Vinicius Lousada/Jordana Mercado