Para centrais e Dieese, a luta pela Previdência pública continua!
18 de Junho de 2019
Previdência
Próximo passo é a entrega de abaixo-assinado contra a PEC da Previdência na Câmara e no Senado
As centrais sindicais se reuniram no Dieese na segunda-feira (17/06) para avaliar a greve geral de 14 de junho. A avaliação foi "muito positiva" e o próximo passo agora é ir a Brasília, possivelmente na semana que vem, para entregar aos presidentes da Câmara e do Senado o abaixo-assinado contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6, que muda as regras da Previdência. Mesmo com alterações no texto feitas pelo relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), os dirigentes mantêm as críticas ao projeto. Eles se reuniram na tarde desta segunda-feira (17) em São Paulo, na sede do Dieese, para avaliar a paralisação e organizar os próximos passos. Ao final de duas horas de encontro, com representantes de 10 centrais, foi divulgada uma nota sobre a greve (leia ao final do texto).
“Houve mudanças importantes (no texto da PEC 6), com a retirada da capitalização e em parte da desconstitucionalização”, afirmou o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. “Mas na essência as regras paramétricas foram mantidas. E são perversas para os trabalhadores“, acrescentou. O instituto deve publicar nesta terça-feira uma nota técnica sobre o relatório apresentado pelo deputado tucano na comissão especial que analisa o projeto do governo.
“A greve mostrou que a classe trabalhadora pode derrotar essa proposta”, disse o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, segundo a Agência Sindical. “Foi pujante e ampliou sua ação para o interior.”
Estiveram presentes representantes da CUT, Intersindical, Força, UGT, CGTB, CSB, CSP-Conlutas, CTB e Nova Central.As centrais voltarão a se reunir, no mesmo local, na próxima segunda-feira (24).
Confira o documento das centrais sobre a greve
As Centrais Sindicais, reunidas nesta segunda-feira, 17/06, avaliaram como muito positiva a greve nacional realizada em 14 de junho, que promoveu paralisações em centenas de cidades e em milhares de locais de trabalho, além de atos e passeatas contra o fim da aposentadoria, os cortes na educação e por mais empregos. O sucesso da mobilização é resultado da unidade de ação do movimento sindical, construída ao longo do tempo e renovada nas deliberações das assembleias em locais de trabalho, em plenárias por categoria e intercategorias; e da articulação com os movimentos sociais, populares, estudantil e religiosos.
Essa greve, que atingiu 45 milhões de trabalhadores em todo o país, é um movimento que terá continuidade, com a ampliação da unidade de mobilização.
Nosso próximo passo será, em breve, entregar aos presidentes da Câmara e do Senado abaixo-assinado contra a proposta de reforma da Previdência do governo, com centenas de milhares de assinaturas coletadas em todo o país.
Nossa prioridade será a definição e construção, em reunião marcada para 24 de junho, das ações para ampliar a mobilização e a pressão contra a retirada dos direitos da Previdência e da Seguridade Social.
Agradecemos o compromisso de dirigentes, ativistas e militantes, o envolvimento dos movimentos sociais e a cobertura de toda a mídia. De outro lado, repudiamos as iniciativas de práticas antissindicais que visaram criminalizar a força e a luta dos trabalhadores.
Na unidade, construímos nossa capacidade de luta, que será contínua durante toda a tramitação da PEC no Congresso Nacional.
CUT, Intersindical, Força, UGT, CGTB, CSB, CSP-Conlutas, CTB e Nova Central.