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Paralisação e protesto em duas unidades da Braskem do Polo de Camaçari na Bahia

26 de Novembro de 2015

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Trabalhadores do turno e do administrativo da PE 2 e PVC, unidades da Braskem localizada no Polo de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador/Bahia (RMS) paralisaram as atividades nesta quarta-feira (25).  De acordo com o Sindiquímica, entidade que representa a categoria, o movimento começou por volta das 6h. A empresa chamou a Policia Militar para coibir o movimento.

A greve tem como objetivo pressionar as empresas petroquímicas a prosseguirem as negociações da campanha salarial, suspensas desde o mês passado. O Sinpeq (sindicato patronal), pelo segundo ano consecutivo, decidiu unilateralmente abandonar a mesa no meio da negociação. Ontem foram os trabalhadores da Estireno e Acrinor, empresas ligadas ao grupo Unigel, que cruzaram os braços.

“Este ano decidimos antecipar em um mês as negociações da data base, que é em setembro.  Desde então estamos discutindo com o patronato a nossa pauta de reivindicações. Em outubro, o Sinpeq apresentou a contraproposta de reajuste salarial, dando apenas a inflação e nada mais. A categoria rejeitou a proposta porque vem acumulando perdas salariais desde 2013 quando o patronato também deixou a mesa de negociação”, explica o diretor do sindicato, Carlos Itaparica.

Os trabalhadores petroquímicos de São Paulo tiveram reajuste salarial de 10,33%. “Aos trabalhadores baianos essas mesmas empresas ofereceram 9,33%, isso significa que estamos sendo discriminados”, desabafa Itaparica. Por isso que o Sindiquímica defende a negociação nacional para evitar distorções salariais e de benefícios. 

O sindicalista explica que a negociação não só implica fechar a pauta econômica, mas também as cláusulas de saúde e segurança e as sociais que precisam ser tratadas com o patronato. “Temos registro no sindicato de inúmeras denúncias de práticas de assédio moral devido às exigências por produtividade e muitos outros problemas que precisam de solução”, desabafa o líder sindical.

Itaparica informa que até sexta-feira outras fábricas do complexo petroquímico também terão suas atividades paralisadas. A estratégia do sindicato é parar uma por uma todas as empresas do Polo de Camaçari até atingir o objetivo que é de retomar as negociações.