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Petroleiras e petroleiros resistem à paralisação de 37 campos na BA

20 de Dezembro de 2022

Petrobras

Companheira Bete Sacramento e companheiro Radiovaldo Costa

“Cerca de 4.500 demissões e perda de receita como royalties e ISS para os municípios de Esplanada, Cardeal da Sila, Entre Rios, Alagoinhas, Catu, São Sebastião do Passé e Araças”: essas são algumas das possíveis drásticas consequências da paralisação dos 37 campos de petróleo e gás da Petrobras na Bahia, que motivou, no início desta semana, grande ato de resistência em protesto contra a decisão, até agora injustificada, da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O preocupante risco vem sendo alertado pela companheira Bete Sacramento, Secretária do Setorial Petróleo da CNQ, pelo Sindipetro-Bahia e pela FUP.

O processo de paralisação dos campos baianos, iniciado na última quinta-feira (15/12) também mobilizou forças políticas, como o deputado federal Jorge Solla (PT), que, junto a prefeit@s e vereador@s das cidades afetadas, se somaram ao ato.

A decisão da ANP foi tomada após auditoria ter apontado problemas e irregularidades – até agora não especificados pelo órgão e não justificados ao Sindipetro.

Diretor de Comunicação da entidade que representa as trabalhadoras e trabalhadores petroleir@s na Bahia, Radiovaldo Costa falou sobre o objetivo do ato: “Estamos todos aqui defendendo os empregos, o impulsionamento da Petrobras como empresa pública para gerar desenvolvimento para o nosso estado e juntando todas essas pessoas, lideranças sindicais e parlamentares de diversos partidos, mostrando a unidade de diversas forças e representações”.

O Sindipetro – que já recorreu ao Minsitério Público do Trabalho em busca de mediação para o conflito –- sustenta que os problemas encontrados podem ser resolvidos sem necessidade de paralisação total dos campos, que pode durar mais de seis meses.

Presidenta da CUT Bahia, Leninha também participou do ato: "Nesses últimos tempos, nossos dias têm sido de muita luta para garantir os direitos dos trabalhadores, pois o governo Bolsonaro colocou em prática, até o fim, um plano para destruir o Nordeste e, particularmente, a Bahia, onde ele nunca ganhou as eleições".

Ato foi realizado em frente à ANP, em Salvador (BA) | Crédito: Imprensa Sindipetro-Bahia