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Petroleiros da Replan entram em greve por mais segurança

12 de Fevereiro de 2015

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  Os trabalhadores da Replan (Refinaria de Paulínia) entraram em greve nesta quinta-feira (12.02). A paralisação, que terá a duração de 24...

15-02-12 - Greve Replan -

 

Os trabalhadores da Replan (Refinaria de Paulínia) entraram em greve nesta quinta-feira (12.02). A paralisação, que terá a duração de 24 horas, foi deflagrada na entrada do turno das 15h30. Amanhã, dia 13, os funcionários do setor administrativo não entrarão na empresa.

Há dias, a direção do Sindipetro Unificado (Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo) alertava a empresa sobre a possibilidade de realizar a greve, devido à postura intransigente da gerência da refinaria em relação à contratação de mais operadores para a ETA (Estação de Tratamento de Água). O setor, há meses, vem sendo prejudicado com a falta de trabalhadores e as propostas apresentadas pela empresa para suprir o problema foram consideradas inadequadas e rejeitadas pela categoria, em assembleias no mês passado.

O Sindicato e os trabalhadores reivindicam a ampliação do efetivo mínimo do painel da ETA, que hoje é o único da refinaria que opera com apenas um trabalhador por turno, situação que coloca os funcionários em condição degradante e com risco de acidentes.

“Não podemos mais permitir que os trabalhadores exerçam suas funcões num ambiente inseguro, correndo risco constante de acidentes”, afirmou o coordenador da Regional Campinas do Unificado, Gustavo Marsaioli.

A falta de segurança no Sistema Petrobrás causou ontem a morte de cinco petroleiros da empresa BW Offshore, durante explosão ocorrida no navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus, no Espírito Santo. “Nossa greve também é um protesto por mais essa fatalidade e pelo descaso com que a empresa tem tratado o nosso bem mais precioso, a vida”, declarou Marsaioli.

Os diretores sindicais permanecem nos portões de acesso da refinaria e solicitam o apoio de todos os petroleiros nesta importante mobilização. “O momento é de força e união. Vamos lutar pela recomposição dos efetivos e por um basta na terceirização e na precarização do trabalho, que ano a ano tira a vida de tantos trabalhadores em todo o país”, destacou o diretor do Unificado Rogério Santa Rosa.

 

Fonte: Alessandra Campos - Assessoria de Comunicação Sindipetro Unificado-SP