Petroleiros protestam nesta sexta contra leilão do pré-sal para estrangeiros
27 de Setembro de 2018
Petrobras
Contra a entrega do pré-sal brasileiro aos estrangeiros é que a categoria petroleira e movimentos populares farão ato na sexta, às 16h, na Avenida Paulista.
O governo ilegítimo de Michel Temer (MDB) agendou para esta próxima sexta-feira (28/09) a 5ª rodada de licitações do pré-sal, quando serão oferecidos quatro blocos exploratórios. Estão em jogo as áreas Pau-Brasil, Titã, Saturno e Sudoeste de Tartaruga Verde. A disputa se dará com a participação de 11 multinacionais, dentre as quais as chinesas CNOOC e CNPC e as norte-americanas Chevron e ExxonMobil.
Contra a entrega do pré-sal brasileiro aos estrangeiros é que a categoria petroleira e movimentos populares farão ato na sexta, às 16h, na Avenida Paulista, 901, em frente ao prédio da Petrobras.
A decisão do governo ocorre uma semana antes das eleições presidenciais num cenário que apresenta acirrada disputa entre candidatos que apresentam desde projetos entreguistas das riquezas brasileiras até candidatos que defendem a soberania nacional.
Os empresários que se aproveitam das riquezas do país estão preocupados com os rumos do Brasil, já que existe a possibilidade de mudanças de regras ou suspensão de medidas a depender do novo presidente, conforme explica a secretária de administração e finanças da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Cibele Vieira.
“Nas vésperas de uma eleição que já aponta que o projeto entreguista de Temer e companhia não tem apoio popular, os golpistas querem realizar o maior leilão de petróleo da nossa história, entregando quase 17 bilhões de barris”, afirma a dirigente, que é também secretária da Juventude da CUT-SP.
Não bastasse o apoio do governo e de ampla base do Congresso Nacional, o desmonte da Petrobras piorou com o projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP), que determinou o fim da Petrobras como operadora única do pré-sal do país, afirma o coordenador de comunicação do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro-SP), Gustavo Marsaioli.
“Os leilões vêm matando a empresa no futuro porque uma empresa sem reservas de petróleo tende a acabar. Se a Petrobrás for extinta e privatizada, as pessoas vão deixar de discutir, por exemplo, o preço dos combustíveis, que irá aumentar muito para o bolso da população”, diz.