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Petroquímicos fazem manifestação, reafirmam proposta e pressionam empresas à negociação

01 de Dezembro de 2015

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Cerca de 1200 trabalhadores petroquímicos das empresas Braskem, Innova, Lanxes e Oxiteno, todas do Polo Petroquímico de Triunfo realizam, nesta segunda (30), entre as 7h e às 10h30, uma manifestação na altura do quilômetro 423, da BR 386, em Montenegro. A atividade atrasou a entrada do pessoal administrativo e do Turno das 8h em cerca de três horas.

A manifestação foi para pressionar as empresas a retomarem a negociação e contra a posição unilateral  adotada por elas. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas de Triunfo (SINDIPOLO), Gerson Borba, elas incluíram na folha de pagamento de novembro a proposta de reajuste rejeitada pela categoria e ignoraram completamente as demais reivindicações, inclusive as que sequer têm impacto econômico.

Borba esclarece que o setor petroquímico, diferente de outros setores, não está sendo afetado pela crise e inclusive as empresas têm planos de expansão e de implantação de plantas em outros países, com investimentos na casa dos bilhões. Ele lembra que a folha de pagamento representa menos de 4% do seu faturamento e, portanto, não há o que justifique a resistência em avançar nas negociações. “Estávamos num processo de negociação, levamos a proposta da empresa para a categoria, que rejeitou e mesmo assim, ignorando o processo e a decisão dos trabalhadores, deu por encerrada a negociação e  incluiu sua proposta na folha de pagamento”. Borba acrescenta que manifestações também estão acontecendo em outros estados, como no Polo da Bahia, também em função das empresas.

O sindicalista acrescenta que não estão descartadas outras manifestações, caso as empresas se neguem a retomar e dar andamento à negociação.

A pauta de reivindicações tem cerca de 80 itens, e entre os principais estão:

  • Acordo coletivo por um ano;
  • Reajuste salarial sem escalonamento de 12,40%;
  • Reajuste de 14% nos auxílios educação, creche/acompanhante para dependentes (para todos os trabalhadores - homens e mulheres) e para os dependentes portadores de deficiência;
  • Abono de férias de um salário mais 1/3 de lei (133,33% de um salário);
  • Vale alimentação de R$ 360,00;
  • Manutenção do salário por 36 meses aos afastados por doença ou acidentes;
  • Seguro aposentando de 60 meses;
  • Auxílio funeral;
  • Combate efetivo ao assédio moral;
  • Manutenção de todas conquistas do atual acordo coletivo.