Prefeitos e entidades entregam manifesto em defesa da indústria química ao Ministério de Minas e Energia
01 de Outubro de 2015
Ramo Químico
Foi realizada nesta terça-feira, 29 de setembro, audiência com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga sobre a indústria química brasileira com prefeitos e entidades de todo o país. Durante o encontro mobilizado pela Frente Parlamentar da Química Nacional, em Brasília, a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, prefeitos da região e o deputado estadual Luiz Turco, que coordena a recém-lançada Frente Parlamentar da Química em São Paulo, entregaram manifesto ao Governo Federal em defesa das empresas do setor.
O documento apresenta o peso que a indústria química tem na economia do Grande ABC, com a presença de cerca de 1.300 empresas que empregam em torno de 50 mil trabalhadores. Entre os exemplos citados no texto, somente o Polo Petroquímico é responsável por 60% da receita da Prefeitura de Mauá e 30% da arrecadação da Prefeitura de Santo André.
Um dos temas centrais do manifesto, e que também foi destaque na conversa com o ministro, é a necessidade de definição nas negociações entre a Petrobras e a Braskem em relação ao fornecimento de nafta petroquímica. As empresas tentam fechar acordo em relação aos preços da matéria-prima. Sem avançarem nas negociações para contrato de longo prazo, novo aditivo ao contrato vigente foi assinado no início de setembro, com validade até 31de outubro deste ano.
“É importante que os atores envolvidos nessas negociações compreendam a necessidade de fortalecer toda a cadeia do Polo Petroquímico”, afirmou o prefeito de Diadema Donisete Braga, reforçando a necessidade de pensar a indústria química de forma estratégica no processo de desenvolvimento da economia regional e nacional. Do total de empresas do setor no ABC, cerca de 92% são de micro e pequenos porte.
De acordo com a Agência GABC, o ministro Eduardo Braga se comprometeu a dar visibilidade ao documento por considerar uma agenda convergente entre setores empresariais, sindicais e políticos, organizados de forma suprapartidária.
No Grande ABC, de acordo com estudo sobre essa indústria realizado pela consultoria MaxiQuim, a indústria química faturou, em 2013, R$ 49,5 bilhões, tendo valor adicionado fiscal que varia entre 20% a 30% - que atingiu R$ 10,2 bilhões em 2011.
As entidades que subscrevem o manifesto em defesa da indústria química, entregue na manhã de hoje, são: Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Sindicato dos Químicos do ABC, COFIP ABC (Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC), Associação Comercial e Industrial de Santo André e Associação Comercial e Industrial de Mauá. A Frente Parlamentar estadual em Defesa da Competitividade da Cadeia Produtiva do Setor Químico, Petroquímico e Plástico, lançada no dia 18 de setembro, também é signatária no documento.
Outras questões foram pautadas durante o encontro - assuntos já debatidos pelas Frentes Parlamentares da Química Nacional e de São Paulo e, na região, pelo GT (Grupo de Trabalho) Químico do ABC - como a manutenção de incentivos às indústrias do setor, implementação de programas de incentivos à pesquisa e à inovação e de qualificação de mão de obra técnica.
Com informações da Agência GABC