Queda no preço do gás é a nova mentira para privatizar Petrobras
27 de Junho de 2019
Petrobras
"É uma história parecida com aquela de que a reforma trabalhista iria gerar empregos", lembra Airton Cano, da Fetquim.
A nova mentira do ministro da Economia, Paulo Guedes, para abertura do mercado de gás natural no Brasil é de que haverá redução de 40% no preço da energia no país em menos de dois anos.
O governo está discutindo medidas para mudar o mercado de gás natural no Brasil, alegando que vai baratear os preços, abrir investimentos e incentivar a indústria do petróleo brasileira. Na prática, a ideia é acabar com o monopólio da Petrobras nessa área, permitindo assim a concorrência entre diversas empresas transnacionais - o que na prática encarecerá os preços - que estarão à mercê da especulação financeira e dos mercados internacionais.
"É uma história parecida com aquela de que a reforma trabalhista iria gerar empregos", lembra Airton Cano, coordenador político da Fetquim/CUT.
A grande consumidora de gás natural no país é a indústria, que usa 52% do total produzido. As fábricas utilizam o gás como combustível para fornecimento de calor e geração de eletricidade, mas também como matéria-prima nos setores químico e petroquímico, principalmente para a produção de metanol e de fertilizantes. É usado ainda como redutor siderúrgico na fabricação de aço.
O impacto na cadeia produtiva pode ser desastroso se a Petrobras parar de equilibrar os preços para proteger a indústria nacional. Os investimentos propagados pela grande mídia só retornarão aos bolsos dos acionistas das grandes petrolífderas mundiais.