Químicos do ABC realizam encontro da juventude química
15 de Abril de 2014
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Os trabalhadores e trabalhadoras jovens da categoria química do ABC querem um ambiente de trabalho melhor e mais seguro e mais acesso à escolaridade...
Os trabalhadores e trabalhadoras jovens da categoria química do ABC querem um ambiente de trabalho melhor e mais seguro e mais acesso à escolaridade e qualificação profissional. Para isso, propõem que o Sindicato ofereça e aprimore convênios com escolas e universidades e proporcione mais espaços de diálogos sobre movimentos sociais e direitos.
Estes itens estão entre as propostas elaboradas pelo 1º Encontro da Juventude do Sindicato dos Químicos do ABC, realizado dias 12 e 13 de abril, em Caraguatatuba. A atividade faz parte das ações dos dirigentes sindicais jovens que integram o projeto de intercâmbio sindical internacional do sindicato global IndustriALL.
A Secretária de Políticas Sociais Maria Aparecida Araújo do Carmo, representou a CNQ-CUT na mesa da abertura e acompanhou toda a atividade.
Diálogo e desafios
A programação do encontro proporcionou um diálogo sobre o perfil do jovem trabalhador químico do ABC e os desafios colocados ao movimento sindical para atrair essa energia da juventude para as lutas por melhores condições de vida e trabalho.
Thomaz Jensen, do DIEESE, mostrou o perfil de um trabalhador químico jovem e qualificado, porém atingido em larga escala pela rotatividade da mão de obra que existe na categoria química, impossibilitando ao jovem trabalhador o acúmulo de experiência e maior remuneração.
O representante da CUT São Paulo, Maicon Michel, abordou a necessidade das entidades sindicais abrirem-se para as novas formas de expressão das questões políticas da juventude. "Formação para a juventude é essencial e a mídia, os movimentos socioculturais são importantíssimos para essa aproximação com os jovens”, enfatizou.
Já o secretário nacional de Juventude da CUT, Alfredo dos Santos Junior, trouxe aos presentes a reflexão sobre as mudanças que estão acontecendo na luta sindical. "Hoje a principal bandeira não é mais empregos e sim melhores empregos. Os jovens clamam por melhores condições e o nosso papel é continuar avançado. A juventude não está disposta mais a ser dirigida o tempo inteiro, ela quer ser protagonista de sua própria história. Se sindicato não tem espaço pra isso, ela vai ser protagonista em outros espaços”, disse o dirigente.
Solidariedade internacional
A mesa internacional trouxe a apresentação dos jovens dirigentes Edilberto, do sindicato dos petroleiros do Paraguai, e Lorena, do sindicato dos têxteis do Peru, também integrados a projetos de juventude do IndustriALL. Os dois países sofrem com as consequências das políticas neoliberais de seus governos, e os depoimentos foram em torno da precarização do trabalho, com baixos salários e nenhum tipo de proteção, além das constantes práticas antissindicais.
Mesmo com problemas em comum, as diferentes realidade entre os três países despertou nos participantes a importância da solidariedade internacional da jovem classe trabalhadora na luta pelo cumprimento dos direitos fundamentais do trabalho, em especial o direito à liberdade sindical e à negociação e convenção coletiva de trabalho.