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Rede WEG: químicos e metalúrgicos formam rede sindical nacional

08 de Agosto de 2013

Redes

            Formada em Blumenau Rede Sindical da WEG               Trabalhadores e representantes sindicais da WEG criaram...

observatorio social

 

 

 

 

 

 

Formada em Blumenau Rede Sindical da WEG

 

 

 

 

 

 

 

Trabalhadores e representantes sindicais da WEG criaram sua Rede Sindical Nacional depois de quatro anos de diálogo e negociações num encontro dos sindicatos dos trabalhadores da empresa, que aconteceu no dia 05 de agosto, em Blumenau, Santa Catarina. A atividade faz parte do projeto CUT/IOS/DGB Bildungswerk junto à Confederação Nacional dos Metalúrgicos(CNM/CUT) e Confederação Nacional dos Químicos (CNQ/CUT) e tem como objetivo o fortalecimento das redes de trabalhadores em empresas multinacionais alemãs e brasileiras, visando o Diálogo Social, um processo de negociação permanente entre as redes sindicais e a direção das empresas.

A multinacional brasileira Weg é fabricante de motores elétricos e tintas. Tem 17 plantas no Brasil e outras nove espalhadas pelo mundo, entre China, Europa, Estados Unidos e América do Sul. No total emprega 26 mil trabalhadores, dos quais 20 mil no Brasil. Em 2012, faturou 6,1 bilhões de dólares e tem uma meta de chegar a 50 mil trabalhadores em 2020.

O Instituto Observatório Social (IOS) acompanhou todo o trabalho de formação desta rede que reuniu representantes dos sindicatos Metalúrgico e Químico do ABC (SP) e de Jaraguá do Sul (SC), Metalúrgico de Blumenau(SC) e do Espirito Santo e Químicos de Pernambuco. A dinâmica para a formação da rede WEG foi coordenada por representantes da CUT Nacional, CNM, CNQ, DGB Bildungswerk e IOS. “Temos acompanhado o surgimento das redes desde as primeiras experiências como da BASF, BAYER, AKZO NOBEL entre outras por meio de pesquisas e mapeamentos das empresas”, colocou Roni Barbosa, diretor executivo da CUT e presidente do IOS. “Temos certeza que esta da WEG é mais uma conquista para os trabalhadores na construção de interesses comuns”.

“O encontro foi positivo, até porque num mundo globalizado o movimento sindical deve atuar desde o local do trabalho até o âmbito nacional e internacional’’, afirmou Fábio Lins, secretário de Relações Internacionais da CNQ-CUT. De acordo com ele, no caso da WEG, uma multinacional brasileira, cabe aos sindicatos se fortalecerem através da rede sindical para conquistar a igualdade de direitos e de remuneração no Brasil, assim como fortalecer a solidariedade para promover trabalho decente em parceria com os demais sindicatos e trabalhadores da WEG presentes em outros países.

João Cayres, secretário-geral e de Relações Internacionais da CNM-CUT, também ressaltou a importância do papel das redes nas negociações coletivas, na comparação de condições de trabalho nas diferentes plantas de uma mesma empresa e na união das entidades sindicais para ações conjuntas independentemente de suas diferenças políticas. “O principal objetivo das redes é permitir que trabalhadores de várias plantas possam conhecer a realidade de outros trabalhadores, as reivindicações, assim como unificar suas lutas. A rede não substitui o sindicato, é instrumento da luta. Dá suporte a ele”, enfatizou.

Rede WEG terá segundo encontro em Novembro

A rede Sindical da WEG já tem agendado seu segundo encontro para novembro, no Espírito Santo. Durante o primeiro encontro as demandas foram identificadas e uma comissão com representantes de cada sindicato está sendo formada para montar o plano de ação e iniciar as atividades de mobilização da rede.

 

 

 

Foto: Instituto Observatório Social