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Reajuste salarial dos químicos SP deve injetar R$ 816 milhões na economia durante o ano

21 de Novembro de 2013

Filiados

14 de novembro: Fetquim e sindicatos filiados (esquerda) assinam o acordo da categoria em solenidade que contou com a presença da bancada patronal...

assina 21 11a14 de novembro: Fetquim e sindicatos filiados (esquerda) assinam o acordo da categoria

em solenidade que contou com a presença da bancada patronal (direita)

O reajuste salarial (7,5%) conquistado pelos trabalhadores químicos do Estado de São Paulo na Campanha Salarial de 2013 deve injetar cerca de R$ 816 milhões na economia do estado nos próximos 12 meses. Mensalmente o impacto é de aproximadamente 61 milhões.

Esse valor se refere ao reajuste salarial de cerca de 276 mil trabalhadores químicos do Estado de São Paulo, pertencentes aos segmentos químico, cosmético e plástico, com data-base em novembro. Para chegar a esses números, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) utilizou dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Na Tabela 1 (abaixo) segue o impacto econômico do reajuste por segmento, e o respectivo número de trabalhadores químicos. O segmento plástico concentra o maior número de trabalhadores, injetando na economia do estado cerca de R$ 315 milhões. O segmento químico, com 95.776 será responsável pelo maior valor: R$ 448 milhões. Enquanto o cosmético injetará 53 milhões com o reajuste de 23.753 trabalhadores.

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Fonte: Imprensa DIEESE

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 14 de novembro: ato de assinatura do acordo coletivo dos químicos SP;

em primeiro plano Raimundo Suzart, coordenador da bancada dos trabalhadores

 

Acordo conquistado pela categoria:

Reajuste de 7,5% nos salários até R$ 7.375,25.
Acima deste teto, fixo de R$ 553,14.
Piso Salarial
Reajuste de 7,5% (R$ 1.136,00) para empresas com até 49 trabalhadores.
Reajuste de 8% (R$ 1.160,00) para empresas com 50 ou mais trabalhadores.
PLR mínima
Reajuste de 8% (R$ 850,00) para empresas com até 49 trabalhadores.
Reajuste de 12,05% (R$ 930,00) para empresas com 50 ou mais trabalhadores.

Pauta permanente

Raimundo Suzart, coordenador da Fetquim-CUT que encabeça a bancada dos trabalhadores na Campanha Salarial, alerta que - independentemente do período da campanha - a categoria e a federação possuem uma pauta permanente de reivindicações que está sendo cobrada do setor patronal nas fábricas, fóruns de discussão e grupos de trabalho. Os itens prioritários dessa pauta são: redução da jornada de trabalho, licença-maternidade de 180 dias, informações sobre nanotecnologia e a cesta básica. As mobilizações em torno de reivindicações específicas por fábrica também continuam.

• Os 600 trabalhadores/as da L’Oréal (SP) saíram à frente nessa luta em início de novembro. Depois de uma greve conquistaram: licença-maternidade de 180 dias, convênio médico igual para todos, implantação do vale-alimentação de R$ 100,00 e estabilidade no emprego de seis meses para os membros da comissão de negociação.

• Com de seis dias de greve, os trabalhadores/as da multinacional Gerresheimer (SP) garantiram sábados alternados e cesta básica de R$ 120.

• Após oito horas parados, os 30 trabalhadores da Bordo Plast (Diadema) retomaram a produção com vitórias: cesta básica a partir de dezembro e reunião para discutir o convênio médico, entre outras conquistas.

 

Fotos: Dino Santos/Sindicato dos Químicos ABC