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Reunião do Coletivo Nacional de Formação define estratégias para ampliar a cobertura da formação sindical

01 de Setembro de 2012

Ramo Químico

CNQ participou do evento que formulou uma política de formação que é estratégica para a CUT   Ocorre desde quarta-feira (29), em São Paulo, a...

CNQ participou do evento que formulou uma política de formação que é estratégica para a CUT

 

Ocorre desde quarta-feira (29), em São Paulo, a reunião do Coletivo Nacional de Formação da CUT (Conafor), que discute, entre tantos pontos, as reflexões e formulações sobre a estratégia da Política Nacional de Formação, propondo ajustes para a sua implementação no período 2012 – 2013.

 

As iniciativas dialogam diretamente com a Formação como concepção estratégica na política da Central, conforme destacaram os dirigentes da CUT Nacional, Vagner Freitas e Ségio Nobre, presidente e secretário geral respectivamente.

 

O presidente da CUT, que participou da reunião no primeiro dia, discorreu sobre os processos negociais no setor público e privado e a importância de atualizar o projeto politico-organizativo diante dos desafios inseridos nas disputas com o governo e o empresariado. Falou também sobre os embates com as outras centrais sindicais, que colocam para a CUT o desafio de aprofundar a formação não só do ponto de vista organizativo, mas na sua concepção política.

 

Itamar Sanches, secretário de Formação da CNQ-CUT, e Cibele Isidoro, secretária de assuntos estratégicos, estiveram presentes. "Queremos ajudar com a longa experiência do Ramo Químico em formação para o movimento sindical, além de aprender com a experiência de outros ramos. É um momento fundamental para pensar uma política nacional de formação para o sindicalismo em escala nacional", afirmou Itamar.

 

Planejamento - já Sérgio Nobre falou sobre a metodologia do planejamento que esta sendo estabelecido pela Central, onde todos os dirigentes presentes avaliaram como um avanço, na medida que envolve os atores internos, mas também os atores da sociedade que, de alguma maneira, se relacionam à CUT.

 

“Fizemos uma apresentação da estratégia da Política Nacional de Formação para o próximo período, englobando um debate mais geral sobre a gestão do financiamento e da própria metodologia de formação da CUT. Comprendemos que o Plano Nacional que vamos implementar agora tem um caráter provisório, porque após o

Sérgio Nobre fala sobre o planejamento da Central para o próximo período
Sérgio Nobre fala sobre o planejamento da Central para o próximo período
planejamento da Executiva Nacional, que será realizado em novembro, outros elementos  e questões serão agregadas, com ações que provoquem maior integração entre os atores políticos da Central, a relação com as escolas, com as secretarias estaduais, as secretarias nacionais dos ramos, promovendo um espaço de intervenção mais articulado”, destacou José Celestino Lourenço, o Tino, secretário de Formação da CUT.

 

 

“Tivemos um grande avanço nesta última gestão com a retimada dos coletivos. Fizemos uma formação ampla na nossa base, mas queremos ampliar a sua cobertura. Na medida que a CUT tem 7 milhões de filiados, do ponto de vista ético-politico temos a obrigação de atender todos estes trabalhadores”, completou o dirigente.

 

Outro desafio colocado por Tino foi o processo de capacitação em negociação coletiva, já que há a constatação de que setores CUTistas ainda utilizam ferramentas organizadas há 10 atrás nos processos negociais. “Estamos em um novo tempo e precisamos atualizar a nossa pauta negocial. Discutimos a capacitação de companheiros e companheiras que estão nos espaços de deliberação de políticas públicas. No processo democrático, é necessário que tenhamos uma intervenção consistente, para que possamos contribuir no estabelecimento de marcos regulatórios de políticas”, expôs Tino.

 

 

Os dirigentes presentes debateram também a estratégia de desenvolvimento dos programas de Formação, procurando avaliar se estão atendendo a demanda que a base necessita. “Retomamos o debate sobre a qualificação profissional, ou seja, qual a concepção metodológica da qualificação profissional que a gente precisa fazer para que os formadores e trabalhadores incorporem princípios e concepções metodológicas da CUT, contrapondo a noção de competência, individualismo ou de treinamento. Queremos que os trabalhadores tenham condições de refletir sobre seu trabalho e qual seu papel social e não sejam apenas elemento de produção para a competitividade do mercado.”

 

 

Comunicação - estabelecer e aprofundar as relações com as outras políticas da CUT, como juventude, racial, gênero e comunicação são outras demandas da Política Nacional de Formação. Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da CUT, lembrou que o principal desafio continua sendo a articulação nacional, mas que é necessário potencializar a relação com os ramos e com as estaduais. “E isso passa diretamente pela formação. Por isso, estamos debatendo a criação de um programa de formação em Comunicação que dialogue com a politica e com a nossa concepção pedagógica. Seria um curso presencial e a distância aprofundando o debate sobre os processos e convergência tecnológica”, descreveu.

 

“Este Plano de Formação em Comunicação será fundamental para fortalecer nossa intervenção no debate sobre a democratizção dos meios no Brasil”, complementou Tino.