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Roda de Conversa marca Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha

30 de Julho de 2016

Mulheres

Para celebrar o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela, a CUT realizou uma roda de conversa no saguão da sua sede nacional, em São Paulo.

A atividade foi organizada pelas secretarias de Combate ao Racismo, de Cultura, da Mulher Trabalhadora da CUT Nacional e da CUT São Paulo e contou com poesia, música e outras intervenções culturais.

"O Dia 25 para nós mulheres negras é muito representativo. É um marco da resistência e de visibilidade diante da exploração do trabalho, dos altíssimos índices da violência doméstica contra as mulheres, especialmente das mulheres negras, contra o sexismo e todas as variantes do racismo. A CUT, com a sua trajetória de luta nos seus 30 anos de política de gênero”, explicou Maria Júlia Reis, secretária Nacional de Combate ao Racismo da CUT.

Além de ser um espaço de reflexão e Memória, a atividade abordou vários temas relevantes pra vida da mulher negra. “É importante buscar saber onde estão as mulheres negras, qual o espaço elas ocupam nos meios de comunicação, qual seu protagonismo na política e a maneira que se inserem no mercado de trabalho daí a importância de realizar uma atividade como essa”, comentou Junéia Batista, Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT.

A atividade integra parte das ações da CUT na Década Internacional dos Afrodescendentes e dos 30 anos de Política de Gênero na maior central sindical do país (1986-2016).

Sobre Tereza de Benguela

A heroína Tereza de Benguela, ou “Rainha Tereza”, é um ícone da resistência negra no Brasil Colonial. Nascida no século XVIII, ela chefiou o Quilombo do Piolho ou Quariterê, nos arredores de Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso.

Comandada por Tereza de Benguela, a comunidade cresceu militar e economicamente, resistindo por quase duas décadas, o que incomodava o governo escravista. Após ataques das autoridades ao local, Benguela foi presa e se suicidou após se recusar a viver sob o regime de escravidão.

Sobre a data

A data foi instituída por meio da Lei nº 12.987/2014, sancionada pela Presidenta Dilma Rousseff, e entrou em vigor no dia 2 de junho de 2014. A inspiração vem do Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha, marco internacional da luta e da resistência da mulher negra, criado em 25 de julho de 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, na República Dominicana.

A CNQ participou do evento representada pela Secretária de Políticas Sociais, Maria Aparecida Araújo do Carmo