Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora promove seminário sobre paridade

Nos dias 15 e 16 de fevereiro a SNMT/CUT promoveu um seminário com mulheres dirigentessindicais dos estados e ramos para discutir a estratégia das mulheres cutistas para o Congressoda CUT, o tema da paridade promete ser o ponto alto do congresso.

No centro do debate da paridade está à luta pela igualdade de oportunidade e de tratamentoentre homens e mulheres, sem preconceito de cor, etnia, idade, orientação sexual edeficiência, nos diversos espaços do mundo do trabalho e na sociedade em geral.

As mulheres representam mais de 50% da população brasileira e 43% da populaçãoeconomicamente ativa (PEA), representam praticamente o mesmo percentual desindicalização do que os homens 17,3% e estão inseridas em todos os segmentos e ocupações,entretanto, estão subrepresentadas nos postos direção e tomada de decisões. No movimentosindical está realidade não é diferente, as mulheres embora presente nas assembleias,atividades de formação e congressos não chegam até os postos de decisão é como sehouvesse um teto de vidro que impedisse esse acesso.

A experiência de aplicação das cotas de 30% é vista como extremamente positiva e mudoua cara da CUT em nível nacional e em vários estados, além disso, a presença de mulheresgarante que o tema de gênero faça parte da agenda sindical.

No entanto, precisamos avançar, depois de quase 20 anos de aplicação das cotas é hora delutar pela paridade, enfrentar o discurso machista e sexista que atribui as mulheres ausênciade competência e capacidade para assumir cargos de direção, questionar argumentos comofalta de tempo, falta de experiência e dificuldade em conciliar a atividade sindical com osafazeres domésticos com um convite a reflexão sobre o modelo de sociedade que queremosconstruir para homens e mulheres, uma sociedade em que haja o compartilhamento docuidado, livre do preconceito e da discriminação, uma sociedade que estimule em cadaindividuo sua capacidade criativa. Uma sociedade em que homens e mulheres possam vivercom autonomia e igualdade.