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Seminário inédito constrói propostas dos trabalhadores para o setor energia, indústria e desenvolvimento

14 de Junho de 2013

Geral

            Lucineide Varjão, Coordenadora da CNQ-CUT (direita), participa do evento ao lado de outros dirigentes, em São...

FUP energia

 

 

 

 

 

 

Lucineide Varjão, Coordenadora da CNQ-CUT (direita), participa do evento ao lado de outros dirigentes, em São Paulo

 

 

 

 

Nos dias 13 e 14, a FUP realizou na regional São Paulo do Sindipetro Unificado um seminário inédito. Trabalhadores e movimentos sociais discutiram uma proposta de desenvolvimento para o setor de energia, com foco na defesa da soberania, garantia de trabalho decente e geração de emprego e renda no Brasil. O presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, esteve presente na abertura do evento, que contou com a participação de cerca de 50 pessoas, entre inscritos, convidados e assessores. Contribuíram com os debates representantes dos trabalhadores dos ramos químico (CNQ-CUT) e metalúrgico (CNM-CUT), o Dieese e entidades que integram a Plataforma Operária e Camponesa para a Energia, como a FUP, MAB, FNU e FISENGE.
Os sindicalistas e militantes sociais ressaltaram a importância de se construir um campo unitário de luta contra a privatização da energia, que contemple os trabalhadores do campo e da cidade, através de um projeto soberano de industrialização nacional. Os trabalhadores construíram um conjunto de propostas para a indústria e o desenvolvimento a partir do setor de energia, cuja íntegra será disponibilizada pelas entidades, assim que for sistematizada.

 

Representações do ramo químico, urbanitários e engenheiros

marcam presença no debate sobre o setor energético

e indústria em desenvolvimento

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O debate sobre a proposta dos trabalhadores para o setor energético contou com a presença de representações do ramo químico,dos urbanitários e engenheiros. A assessora econômica da CNQ-CUT, Marilane Teixeira (esquerda), fez uma exposição do atual cenário da indústria química, como medidas das principais empresas do setor, questões de saúde, segurança e remunerações. A assessora também abordou questões da indústria petroquímica e o que deve ser feito para que este setor seja estatizado.

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O presidente da FNU, Franklin Moreira (esquerda), fez um balanço da oferta interna de energia no Brasil, desde 2011, e citou as diversas matrizes energéticas e elétricas existentes e como são utilizadas. Além disso, Franklin expôs a atual estrutura do consumo de energia elétrica nas indústrias e residências. O representante dos urbanitários também expôs o número de acidentes fatais no setor elétrico, que atingem 80% dos trabalhadores terceirizados. O sindicalista criticou a redução das tarifas de energia elétrica e afirmou que o que vemos atualmente é que grande parte dessa desoneração e a redução do custo de energia, fazem com que o lucro das empresas de energia aumentem. Para Franklin, a relação do setor elétrico com a política industrial, como a renovação das concessões, por exemplo, não é justa. "Vamos fazer um embate com o governo para defender essa questão das concessões. Fazer leilão daquilo que foi construído pelo povo não pode dar certo. Não vamos abrir mão da defesa dos assuntos de interesse dos trabalhadores e não vamos permitir que a lógica das empresas seja empregar menos para ter mais lucro", finalizou o sindicalista.

O diretor de negociações coletivas do Sindicato dos Engenheiros do Rio, Gunter de Moura, também expôs seu parecer sobre o setor energético brasileiro e afirmou que a união dos petroleiros com os demais trabalhadores de energia faz parte de um momento histórico. “Considero importante a gente se qualificar e sedimentar nossos argumentos para entrarmos no debate, já que o embate para garantir a soberania energética não vai ser fácil”, enfatizou.

 

 

Veja a cobertura completa do seminário. Acesse a página da FUP: www.fup.org.br.