Setor Farmacêutico: mobilização faz patronal melhorar contraproposta
02 de Abril de 2014
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Na segunda rodada de negociações da Campanha Salarial do Setor Farmacêutico de São Paulo, realizada no dia 28/3, os representantes das empresas...
Na segunda rodada de negociações da Campanha Salarial do Setor Farmacêutico de São Paulo, realizada no dia 28/3, os representantes das empresas farmacêuticas subiram para 7% a proposta de reajuste salarial – o que significa perto de 1,5% de ganho real. Na primeira rodada, realizada dia 26/3, a proposta da patronal havia sido de apenas 5,62%, repondo apenas a inflação prevista na data-base, sem nenhum ganho real.
Para o coordenador da FETQUIM, Raimundo Suzart, a mobilização nas fábricas foi decisiva para que a indústria farmacêutica melhorasse a contraproposta. De acordo com Raimundo, todos os Sindicatos rejeitaram na mesa a contraproposta e deixaram claro que “se não houvesse melhoria nos valores, deflagraríamos mobilizações na categoria e em todo o Estado".
Um avanço histórico que foi conquistado nessa negociação e será levado para avaliação da categoria na assembleia, é a ampliação imediata da licença-maternidade para 180 dias nas empresas com mais de 250 trabalhadores e para a totalidade da categoria até abril de 2017.
Confira abaixo a contraproposta patronal:
• 7% de reajuste salarial para quem recebe até o teto de R$ 6.300,00 (o teto foi reajustado em 8,62%). O índice corresponde a perto de 1,5% de ganho real mais a reposição da inflação nos últimos 12 meses, que é estimada em 5,6% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), e será divulgada apenas dia 9 de abril.
• R$ 441,00 fixos de aumento real para quem recebe acima do teto de R$ 6.300,00.
• Abono salarial de R$ 740,00 (o abono foi reajustado em 5,71%), pagamento em duas parcelas iguais de R$ 370,00 em julho e outubro, ou em parcela única em setembro.
• R$ 1.155,00 de piso salarial nas empresas com até 100 trabalhadores, um aumento de 10,02% sobre o anterior.
• R$ 1.300,00 de piso salarial nas empresas com mais de 100 trabalhadores, aumento de 10%.
• PLR (participação nos lucros e resultados) mínima de R$ 1.186,00 nas empresas com até 100 trabalhadores, aumento de 7,03%.
• PLR mínima de R$ 1.645,00 nas empresas com mais de 100 trabalhadores, aumento de 7,01%.
• R$ 91,09 de cesta básica nas empresas com até 100 trabalhadores.
• R$ 144,45 de cesta básica nas empresas com mais de 100 trabalhadores.
• 180 dias de licença maternidade nas empresas com mais de 250 trabalhadores. A partir de 2015, a licença de 180 dias passa a valer nas empresas com mais de 200 trabalhadores e em 2016 naquelas com mais de 100 trabalhadores. A partir de 2017, a licença de 180 dias será implantada em todas empresas do setor farmacêutico.
• Acesso a medicamentos:
- Salários até R$ 1.840,08: 80% do valor da nota fiscal até o limite mensal da compra
- Salários de R$ 1.840,08 a R$ 2.969,42: 50% do valor da nota fiscal até o limite da compra
- Salários acima de R$ 2.969,42: 30% do valor da nota fiscal até o limite da compra
- Para salários acima de R$ 5.850,59, o limite do subsídio será o valor fixo de R$ 1.755,17
Com informações do Sindicato dos Químicos do ABC