Sindicalistas protestam no Rio contra tentativa de impeachment
09 de Dezembro de 2015
Brasil
Para dirigente, defensores do impedimento são os mesmos que tentam acabar com direitos sociais
Por Vladimir Platonow, da Agência Brasil
Trabalhadores e sindicalistas ligados às centrais sindicais e representantes de movimentos sociais realizam manifestação no centro do Rio em protesto contra a tentativa de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
A concentração do ato ocorreu na Avenida Presidente Vargas, que teve a pista lateral interditada ao trânsito, prosseguindo pela Avenida Rio Branco, com trajeto previsto até a Cinelândia, com uma parada nas proximidades da Petrobras.
O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, disse que o objetivo principal da manifestação era repudiar o que ele classificou como golpe contra a presidenta Dilma Rousseff.
"Queremos impedir o impeachment e o retrocesso político. Os que defendem o impeachment são os mesmos que são contra os direitos trabalhistas e a carteira assinada, são a favor da terceirização e da precarização do trabalho. Articulam um golpe contra a democracia e o Brasil", afirmou Freitas.
Para o presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Zé Maria Rangel, entre as forças que apoiam o impeachment estão setores da indústria petrolífera estrangeira. Segundo ele, é preciso retomar urgentemente os investimentos da Petrobras, como forma de auxiliar a economia brasileira a voltar a crescer.
"Este ato é pela retomada dos investimentos em emprego e renda no Brasil. Queremos a manutenção do Estado Democrático de direito. Não há fato grave contra a presidenta Dilma, só um sentimento de vingança", disse Zé Maria.
Além da CUT, que estava em maior número, participaram do ato a União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Diversos sindicatos se fizeram presentes, principalmente os ligados aos setores metalúrgico e petroleiro. O ato contou com apoio de quatro carros de som. A Polícia Militar acompanhou a manifestação com soldados do Batalhão de Grandes Eventos, especialmente treinados para atuar em manifestações de rua.