Sindicato global IndustriALL divulga nota condenado o golpe no Brasil
06 de Setembro de 2016
Internacional
Confira a íntegra da nota publicada no site da entidade
O sindicato global IndustriALL condena o golpe à democracia no Brasil ocorrido no dia 31 de agosto. O senado brasileiro destituiu a presidenta Dilma Rousseff sem provas de crime de responsabilidade e se fez de surdo ao apoio do povo e dos trabalhadores.
“Condenamos este golpe à democracia no Brasil, o qual significará o desmantelamento de instituições nacionais e regionais criadas para benefício dos povos e o desenvolvimento das nações”, expressou o secretário regional de IndustriALL, Jorge Almeida.
O Brasil tem sido palco de eventos políticos dramáticos, acompanhados por uma crise econômica que tem um forte impacto sobre os trabalhadores. Suu presidenta Dilma Rousseff, reeleita por 54 milhões de pessoas em 2014, foi oficialmente afastado do cargo em 31 de agosto depois de um processo ilegítimo de impeachment.
Desde o dia 12 de maio, quando começou o processo, os trabalhadores representados pelo IndustriALL no Brasil e trabalhadores em todo o mundo manifestaram-se contra o ataque à democracia. Sua destituição significaria um "golpe" por ignorar a vontade soberana da maioria dos eleitores.
O Presidente de IndustriALL Berthold Huber disse que a votação no Senado brasileiro para iniciar o processo de afastar Rousseff havia estabelecido um precedente perigoso de desrespeito pela democracia. Diante disso, o Comitê Executivo aprovou em 12 de maio, em Frankfurt, na Alemanha, uma resolução expressando solidariedade com o povo brasileiro, e rejeitando fortemente o golpe no país.
O governo de transição começou a promover projetos de lei que prejudicam os direitos dos trabalhadores, tirando os ganhos que obtiveram nos últimos anos de luta. São leis que promovem a flexibilização nas relações de trabalho, atacam o atual sistema de pensões e justificam a terceirização.
O sindicato global IndustriALL expressa sua solidariedade com os trabalhadores e rechaça o golpe à democracia. E apoiará fortemente a luta para que não haja retrocesso para o trabalho e os direitos sociais.
02 de setembro de 2016
*Tradução livre, para ler o original, em espanhol, clique AQUI