Sindiquímica-BA sedia Seminário Preparatório da Campanha Salarial Nacional do Setor Petroquímico

Começou na sexta-feira (09), no auditório do Sindiquímica-BA, o Seminário Preparatório da Campanha Salarial Nacional do Setor Petroquímico que reúne dirigentes sindicais de vários locais do Brasil. Estão presentes no evento dirigentes sindicais de Sergipe/Alagoas, Pernambuco, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul; além das assessorias econômica, jurídica e de comunicação do Sindiquímica e membros da Rede Braskem e CNQ-CUT (Confederação Nacional do Ramo Químico).

A mesa de abertura contou com a participação do secretário da Juventude da CUT, Alfredo Santos; do coordenador da Rede Braskem, Marcondes Machado; e o Secretário Setorial Petroquímica e de Fertilizantes da CNQ-CUT e também diretor do Sindiquímica, José Pinheiro.

Em seguida, a assessora econômica da CNQ-CUT, Marilane Teixeira, falou sobre o tema “Perspectivas para a Indústria Petroquímica e as Políticas aprovadas no Conselho de Competitividade da Indústria Química e Petroquímica no âmbito do PBM (Plano Brasil Maior)”. Marilane analisou as medidas adotadas pelo governo federal para desonerar a indústria - inclusive, a petroquímica. Para a economista, o Conselho de Competividade da Indústria Petroquímica foi um dos mais atuantes dentro do PBM e o que efetivamente teve mais participação dos trabalhadores com sugestões e propostas. Mesmo assim, na prática, os empresários ignoraram a pauta dos trabalhadores.

O impacto das importações e da reforma tributária no setor petroquímico e o Regime Especial da Indústria Petroquímica (Reiq) também foram abordados pela assessora.

Já a economista do Escritório Regional do Dieese, Nádia Vieira, discutiu sobre a “Análise de Conjuntura Geral e do Setor Petroquímico com vistas à preparação da Campanha Salarial”. Segundo o Dieese, o cenário para as negociações coletivas mantém-se favorável em 2013, apesar da inflação mais alta nas campanhas salariais do primeiro semestre do ano e do arrefecimento da atividade econômica brasileira. Para as campanhas salariais do setor petroquímico, as perspectivas também são boas. Dentre as atividades industriais, o setor químico é um dos que vêm registrando resultados positivos ao longo de 2013. Além disso, diversas medidas foram anunciadas nos últimos meses a fim de estimular a atividade produtiva do setor, no sentido de garantir a concretização dos projetos de investimentos e substituir as importações. Soma-se a isso a expectativa de redução do patamar inflacionário no segundo semestre, o que normalmente facilita a negociação de reajustes salariais com ganho real.

Nádia explicou, com base no banco de dados do Dieese, que as categorias, no geral, têm conquistado reajustes salariais acima da inflação com ganho real. Especificamente no setor químico, das 25 negociações acompanhadas pelo órgão, quase todas conseguiram também reajustes acima da inflação.

No final da programação do dia, o advogado da assessoria jurídica do Sindiquímica, Clériston Bulhões, esclareceu aos presentes sobre as Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho (NRs) que regem as relações laborais para que o trabalhador execute atividades a partir de condições recomendáveis e/ou ideais de equipamentos e processos industriais.

O Seminário continua no sábado (10), a partir das 8 horas da manhã. Os participantes vão analisar e comparar os Acordos e Convenções Coletivas de Trabalho do setor petroquímico, a fim de construir uma pauta nacional que oriente a negociação dos sindicatos de trabalhadores com o sindicato patronal de cada estado. A proposta é seguir o exemplo de outras categorias com data-base no segundo semestre, como bancários, metalúrgicos e petroleiros, que desenvolvem campanhas nacionais.

Dia 9: Marilane Teixeira, assessora econômica da CNQ-CUT, apresenta as perspectivas

para a indústria petroquímica e as políticas aprovadas no Conselho de Competitividade

da Indústria Química e Petroquímica no âmbito do Plano Brasil Maior.

Dias 9 e 10 de agosto

No auditório do Sindiquímica-BA

Salvador - Bahia