Trabalhadores da Braskem, na Bahia, param para exigir retomada das negociações da Campanha Salarial

Contra a intransigência patronal mais mobilização!

As paralisações nas empresas petroquímicas e químicas continuam e não vão parar até que o patronato volte à mesa de negociação da Campanha Salarial 2014 do Sindiquímica Bahia. Na manhã desta quinta-feira, 13, foi a vez de paralisar os trabalhadores da Braskem, a maior empresa do polo petroquímico da Bahia.

Na sexta-feira, 7, o sindicato parou a Acrinor (grupo Unigel), na terça-feira, 11, foi a vez da Elekeiroz (grupo Itaúsa) e na quarta-feira, 12, a Deten.

“Vamos parar todas as fábricas sem exceção para mostrar ao patronato que a categoria não aceita imposições. O dono da Acrinor, inclusive, é o presidente do sindicato patronal e ficou bastante incomodado com o movimento que contou com a adesão de direitos e terceirizados”, afirma a direção do Sindicato. Essas mobilizações crescentes são a resposta do sindicato e dos trabalhadores à intransigência patronal.

“Enfrentamos muitos problemas que precisam ser resolvidos nesta campanha salarial, a exemplo, da assistência médica gratuita com qualidade. Além da questão do seguro de vida.  O patronato precisa entender que o conceito atual desse benefício está ultrapassado e não atende as nossas demandas. Buscamos uma cobertura maior em outras situações que não sejam as atuais, isto é, auxílio funeral, em caso de morte e invalidez. O trabalhador precisa usufruir o benefício quando mais necessita, por exemplo, nos casos de doença ocupacional ou de acidente de trabalho. Nessas situações queremos cobertura de 100% de toda a medicação por um ano.  E nos casos de acidente uma complementação salarial de mais 50%, além da remuneração, por um ano. Por isso, propomos que seja formado um grupo formado por trabalhadores e empresários que discutam as mudanças no seguro de vida. Essa questão e outras reivindicações, como o Vale Cultura, estão contempladas na contraproposta apresentada na última rodada de negociação e que foi ignorada pelo patronato”, pontua a secretária regional Nordeste da CNR e dirigente do Sindiquímica Bahia, Lucíola Semião.

O movimento vai continuar em outras fábricas do Polo e do segmento petroquímico. No final de novembro o Sindicato irá participar da reunião dos petroquímicos de todo o país e discutir a campanha nacional unificada.

Itens da contraproposta:

1. Reajuste Salarial de 10% a ser aplicado em setembro/2014.

2. Plano de Saúde: regularizar imediatamente e garantir o padrão de atendimento da assistência médica que foi contratada para os trabalhadores.

3. Seguro de Vida: formar uma comissão paritária entre os sindicatos laboral e patronal para discutir o assunto.

4. Vale Cultura: as empresas deverão garantir meios de acesso e participação nas diversas atividades culturais desenvolvidas no Brasil por meio do Vale-Cultura no valor de R$ 100,00por mês.

Com informações e fotos do Sindiquímica BA