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Trabalhadores da Usina do Xisto em greve

02 de Setembro de 2016

Ramo

Os trabalhadores do regime de turno da Usina do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul, na região Centro Sul do Paraná, se reuniram em assembleia na manhã desta sexta-feira (02) e resolveram dar prosseguimento ao movimento grevista iniciado à zero hora de quinta (01).

A avaliação é que não houve avanços. “Ninguém concorda com a implantação da tabela de turno com jornada de seis horas e como até agora não houve negociação, a greve continua”, disse o presidente do Sindipetro Paraná e Santa Catarina, Mário Dal Zot.

A adesão dos trabalhadores do turno é quase total, com exceção de alguns poucos supervisores que formam o contingente precário que mantém parte das operações da Usina, em detrimento e traição à luta da categoria.

A greve é motivada pela posição unilateral da empresa de reduzir a jornada do turno. A alegação é de que a medida se deve à decisão judicial que determina o interstício (intervalo) mínimo de 11 horas entre as jornadas. A ação do interstício foi movida pelo Sindicato no ano de 2006 em todas as unidades do Sistema Petrobrás no Paraná e Santa Catarina. Todas as bases tiveram decisões favoráveis aos trabalhadores e a Petrobras cumpriu em quase todas elas, à exceção da SIX.

Vale lembrar que em nenhum momento a sentença judicial discorre sobre diminuição da jornada e durante as negociações os representantes jurídicos da Petrobras colocaram empecilhos em todas as propostas apresentadas pelo Sindicato, inviabilizando a possibilidade de qualquer acordo.

Quando menos é mais

A primeira vista, uma redução de jornada de trabalho parece uma coisa boa, mas não no caso da SIX. A diminuição acontece apenas na jornada do turno e não na carga horária mensal de trabalho. Isso significa que os petroleiros terão mais dias de trabalho e menos folgas no mês, causando prejuízos ao convívio familiar e social.

Além disso, caso a jornada de 06 horas seja implantada, outro prejuízo imediato aos trabalhadores seria a redução do adicional de HRA (Horário de Repouso à Alimentação). Os impactos financeiros podem chegar a 20% do total de rendimentos.

 

Fonte: Sindipetro PR e SC

 

Crédito da imagem em anexo: Sindipetro PR e SC