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Trabalhadores paralisam produção na Deten Química no Polo de Camaçari

27 de Novembro de 2015

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Mais uma empresa parada nesta quinta-feira (26), no Polo de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Os funcionários do turno e do administrativo da Deten Química estão parados desde às 6h.  De acordo com o Sindiquímica, entidade que representa a categoria, esta é a quinta fábrica a ter suas atividades paralisadas desde que começou o movimento na terça-feira (24).

Já paralisaram as atividades duas empresas do grupo Unigel, Estireno e Acrinor, e outras duas empresas ligadas à Braskem: PE2 e PVC. A greve de um dia vai continuar em outras empresas do Polo até que o Sinpeq (sindicato patronal) retorne à mesa de negociação para dar continuidade as negociações da campanha salarial, suspensas desde o mês passado. Este é o segundo ano consecutivo que as empresas petroquímicas abandonam as negociações.

“Ano passado, a Convenção Coletiva da categoria deixou de ser assinada porque não foi fechado o acordo, será que em 2015 também essa situação será repetida?”, pergunta o diretor do Sindiquímica, Carlos Itaparica.

As empresas petroquímicas, em outubro, ofereceram reajuste de 9,88%, mas a categoria rejeitou a proposta porque vem acumulando perdas salariais desde 2013 quando o patronato também deixou a mesa de negociação. “Em São Paulo, os trabalhadores petroquímicos tiveram reajuste salarial de 10,33%. isso significa que estamos sendo discriminados”, desabafa Itaparica.  Por isso que o Sindiquímica defende a negociação nacional para evitar distorções salariais e de benefícios. 

O sindicalista explica que a negociação não só implica fechar a pauta econômica, mas também as cláusulas de saúde e segurança e as sociais que precisam ser tratadas com o patronato. “Temos registro no sindicato de inúmeras denúncias de práticas de assédio moral devido às exigências por produtividade e muitos outros problemas que precisam de solução”, desabafa o líder sindical.

A estratégia do sindicato é parar uma por uma todas as empresas do Polo de Camaçari até atingir o objetivo que é de pressionar o patronato a retomar as negociações.