Um milhão nas ruas em todo o Brasil Contra a Reforma da Previdência
16 de Março de 2017
Previdência
Um milhão de pessoas participaram das manifestações e paralisações em todo o Brasil contra a reforma da previdência e trabalhista propostas pelo governo de
As manifestações adquiram nova feição e diferente das mobilizações contrárias ao golpe, contou com a unidade das centrais sindicais e adesão de diversas categorias de trabalhadores nos quatro cantos do Brasil.
Do Acre, que mobilizou mais de sete mil pessoas no período da manhã, à Caxias, no Rio Grande do Sul, que ficou mais de 10 horas mobilizada, a cena geral em todas as cidades foi de muitos cartazes, faixas e cartolinas contra a reforma previdência e trabalhista.
De São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador ecoou o grito de centenas de milhares de pessoas e a demonstração de resistência contra os retrocessos. De Curitiba, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Goiás o recado foi dado em alto e bom som que ser o governo quiser mexer na aposentadoria dos brasileiros, ele vai enfrentar a vontade de lutar de milhares de brasileiros.
A luta que começou com grito das mulheres dizendo que Aposentadoria ficar Teme Sai, as manifestações de hoje demonstraram que o povo brasileiro irá defender os seis direitos com unhas e dentes e que não é um presidente sem voto e golpista que vai destruir a Consolidação das Leis Trabalhistas e as conquistas históricas garantidas depois de muita luta, suor e sangue.
Para aqueles que julgavam que era só tirar a ex-presidenta Dilma Rousseff que o caminho para acabar com o Brasil estava pavimentado, se enganou. De choque, ditaduras, roturas democráticas a história brasileira é construída, mas os trabalhadores sempre demostram que estão aptos ä luta em defesa dessa Nação.
Lula: golpe não foi contra a Dilma e sim para acabar com direitos que levaram anos para ser conquistados
Falando para centenas de milhares de pessoas que foram à Avenida Paulista, centro de São Paulo, na tarde desta quarta-feira (15), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fechou o principal ato público do Dia Nacional de Paralisações contra as reformas da Previdência e trabalhista propostas pelo governo de Michel Temer. A jornada de mobilizações foi organizada pelos movimentos sociais e centrais sindicais integrantes das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Num discurso de cerca de 20 minutos, Lula frisou que as reformas pretendidas por Temer são um ataque a direitos dos trabalhadores conquistados em lutas históricas. "Volto hoje aqui com uma certeza. O golpe não foi contra a Dilma. Foi para colocar no poder alguém sem legitimidade para acabar com direitos que levaram anos para serem conquistados. Os exemplos são as reformas trabalhista e da Previdência", disse. O ex-presidente lembrou, porém, que "mesmo sem legitimidade, ele (Temer) construiu uma ampla base política no Congresso Nacional. Uma base obstinada em proibir que milhões de brasileiros se aposentem", ao conclamar a população a ocupar ainda mais as ruas, pressionar os parlamentares e resistir na defesa de seu direito à aposentadoria e à dignidade das condições de trabalho.
"Sempre disse que o pobre não é o problema desse país. Quando colocamos o pobre no Orçamento, vimos que ele é a solução. Tem que ter crédito, financiamento, os bancos públicos têm que trabalhar para a população. Tem que acabar com a lógica de privatização. Para quem não sabe governar, só resta vender. Esse país era respeitado lá fora, na Europa, na China. Agora temos um presidente que não tem coragem de visitar nem países da América Latina", continuou.
Após a fala de Lula, o ato foi dado como encerrado, com o aviso de que este não será o único, enquanto o projeto de reforma da Previdência, que dificulta o acesso da população à aposentadoria, não for derrotado.
Veja AQUI como foi o dia de luta em defesa da aposentadoria e contra a reforma da previdência e trabalhista em todo o Brasil
Com informações da Frente Brasil Popular e Rede Brasil Atual