Unificado repudia ação truculenta da PM, que prendeu dirigentes do SINDIPETRO-LP
14 de Outubro de 2015
Petrobras
Confira abaixo a Nota do Sindipetro Unificado SP sobre as prisões ocorridas nesta quarta-feira, 14:
"Durante ato de atraso na entrada dos trabalhadores do Edifício Sede da Petrobrás de Santos (Edisa), na manhã desta quarta-feira (14.10), os dirigentes Fábio Farofa e Fábio Mello do Sindipetro-LP foram presos, de forma arbitrária, pela Polícia Militar. Farofa saiu do local algemado. Diretores e ativistas presentes na manifestação tentaram impedir a prisão e foram arrastados por viatura policial. Até às 12h, segundo informações do Sindipetro-LP, os diretores continuavam detidos na delegacia.
A ação fazia parte da Jornada Unitária de Lutas, realizada nesta semana pelos Sindipetros de São José dos Campos, Litoral Paulista e Unificado, e era conduzida de maneira pacífica. Apesar disso, a PM agrediu e lançou gás de pimenta contra os sindicalistas.
A diretoria do Unificado repudia a atitude da polícia, que agiu com truculência contra os dirigentes sindicais em um ato com legitimidade e que era realizado em área privada, e se solidariza com os trabalhadores e a direção do Sindipetro-LP. Ações como essa sempre serão combatidas veementemente pelo nosso Sindicato, pois defendemos a democracia e a liberdade de manifestação a favor dos direitos da classe trabalhadora.
Direção do Sindipetro Unificado-SP"
Sindicatos de SP fazem ações unificadas em defesa da Petrobrás
A direção do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP) iniciou dia 13.10 a Jornada Unitária de Lutas, com cortes de rendição nos terminais da Transpetro de Ribeirão Preto (SP), Uberaba (MG), Senador Canedo (GO) e Brasília (DF). A mobilização faz parte da ação conjunta com os Sindipetro’s do Litoral Paulista e de São José dos Campos em defesa da Petrobrás, do pré-sal e dos direitos da classe trabalhadora.
Nas bases do Unificado, a adesão foi de, praticamente, 100% dos trabalhadores próprios, com a participação dos terceirizados. As mobilizações prosseguem até sexta-feira, dia 16.
No Litoral Paulista, a mobilização envolveu os terminais Alemoa e Pilões, UTGCA e Aeroporto de Itanhaém. Em Santos, no Alemoa, houve atraso de duas horas no turno e área administrativa, com forte adesão. Na UTGCA, em Caraguatatuba, também foi realizado atraso de duas horas com adesão total no turno e 50% no administrativo.
Em Pilões, Cubatão, o atraso aconteceu das 7 às 9 horas, com participação de todos os trabalhadores. Já no Aeroporto de Itanhaém, os dirigentes sindicais aproveitaram os embarques e desembarques das plataformas de Merluza e Mexilhão para conversar com os trabalhadores e explicar os principais objetivos do movimento, que se enfrenta com a “proposta” de ACT da direção da empresa e com a venda de ativos, que aprofunda a privatização da Petrobrás.
Na base do Sindipetro-SJC, os trabalhadores da Revap e do Terminal Taubaté definiram, em assembleia nesta terça-feira, que haveria atraso de uma hora na entrada do expediente.
Novas adesões
Os petroleiros da base do Sindipetro Alagoas/Sergipe se incorporaram à jornada, nesta terça-feira, com a realização de uma greve de 24 horas na Fafen. A adesão, que envolveu também os terceirizados, foi de 100% no administrativo e, no turno, foi apenas negociada a troca de trabalhadores com mais de 16h dentro da unidade.
No Rio Grande do Norte, onde o Sindicato já emitiu nota oficial anunciando sua adesão à jornada, as mobilizações devem começar a partir desta quarta-feira (14). Na base do Sindipetro CE/PI, o Sindicato realiza atividades amanhã e no dia 20.
Ação Unificada
Os Sindicatos dos Petroleiros de São Paulo (Unificado, Litoral Paulista e São José dos Campos) decidiram se unir para a realização de uma jornada de mobilizações no Estado entre os dias 13 e 16 de outubro.
“Neste momento delicado, em que a Petrobrás corre o risco de ser desmantelada com a venda de seus ativos e com a entrega do pré-sal ao capital estrangeiro, e que nós, trabalhadores e trabalhadoras, enfrentamos uma série de ataques aos nossos direitos, entendemos que é possível uma unidade na luta dos pontos em comum e que fortaleça a categoria petroleira”, afirma a coordenadora do Unificado, Cibele Vieira.
Fonte: Alessandra Campos - Assessoria de Comunicação Sindipetro Unificado-SP