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Mesa Estratégias de Atuação Sindical nas Redes de Trabalhadores(as) em Multinacionais

11 de Novembro de 2015

Redes

Hélio da Costa, do Instituto Observatório Social, e Alexandre Bento, da Secretaria de Relações Internacionais da CUT, compuseram a mesa Redes Sindicais de Trabalhadores – Estratégias de atuação Sindical, na manhã da quarta-feira, 11, segundo dia dos trabalhos da VI Plenária Nacional da CNQ.

O tema, relacionado ao projeto da central sindical alemã DGB “Promoção dos Direitos Trabalhistas na América Latina”, buscou reforçar a sensibilização das entidades e lideranças sindicais do ramo químico para a importância da construção e consolidação de redes de trabalhadores e trabalhadoras em empresas multinacionais. Na mediação do debate, estavam o secretário de relações internacionais da CNQ, Fabio Lins, e o secretário de organização e política sindical da CNQ, Geralcino Santana Teixeira.

“O objetivo desta mesa é dialogar sobre redes de trabalhadores das multinacionais, uma ferramenta importante dos trabalhadores para o enfrentamento dos desafios da globalização, e o projeto da DGB tem permitido avanços importantes não só na construção, mas também no desenvolvimento das ações das nossas redes sindicais”, pontuou Fábio.

Para Hélio, o desafio dos sindicatos é subverter a ideia que as próprias empresas divulgam como responsabilidade social. “É uma estratégia das empresas para melhorar sua imagem perante a sociedade, o movimento sindical precisa subverter isso, mostrar que as empresas, na verdade precisam ser responsabilizadas pelo que elas provocam na sociedade’.

Alexandre Bento reforçou a necessidade das entidades sindicais levarem a prática de precarização do trabalho das multinacionais também para os fóruns internacionais, como a Convenção da Organização Internacional do Trabalho – OIT, reivindicando uma regulação e controle em âmbito internacional.

“Nós não queremos judicializar a ação sindical, priorizamos a ação sindical no chão, mas não podemos ignorar essa possibilidade. Pensando que em junho e 2016 será realizada Conferencia da OIT, é importante que a gente gere muito denúncias mostrando que a prática das multinacionais é uma prática de precarização do trabalho, que elas não têm compromisso com o desenvolvimento local, o que torna necessário que haja regulação e controle em âmbito internacional, pois no âmbito nacional anão está atendendo ao que os trabalhadores necessitam”.

Após as apresentações, várias lideranças levantaram questões relacionadas ao tema de redes, apresentando demandas como a questão da saúde e segurança e responsabilidade social das multinacionais.

Encerrando a mesa, Fabio Lins lembrou que o tema de redes sindicais estará presente nos cursos de formação a partir de 2016 e a CNQ planeja organizar em meados de março o III Encontro das Redes Químicas por meio do projeto DGB, para fazer um balanço dos trabalhos desenvolvidos. “Pode ser um excelente momento para levantarmos essas questões e encaminhá-las à Conferência da OIT em junho, em Genebra”.