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Unificação das campanhas salariais está entre as principais metas para o ramo químico da CUT

11 de Novembro de 2015

Ramo Químico

Decisão foi um dos resultados dos debates da mesa "O Ramo Químico e as estratégias de crescimento e desenvolvimento econômico"

Por Wladimir D'Andrade

A VI Plenária da Confederação Nacional do Ramo Químico da Central Única dos Trabalhadores (CNQ-CUT) deu, nesta quarta-feira, o primeiro passo para a tão sonhada unificação das campanhas salariais das cadeias industriais que compõem o setor ao incluir o tema como uma das principais diretrizes da classe. A proposta, junto com outras mencionadas pelos dirigentes sindicais na plenária, fará parte da pauta de um grupo de trabalho a ser formado por lideranças da CNQ e outros dirigentes que serão chamados para contribui com suas ideias.

A intenção da CNQ é chegar onde hoje se encontram categorias que já possuem o chamado contrato coletivo nacional articulado, como os bancários. Nesta categoria, as negociações salariais são discutidas com base em reivindicações acordadas nacionalmente entre os sindicatos – os bancários possuem, por exemplo, um piso salarial único para todo o país.

“É uma questão de igualdade de oportunidades”, afirmou a presidenta da CNQ, Lucineide Varjão. “Essa é uma ideia antiga do ramo mas que nunca foi efetivamente discutida. Agora damos o primeiro passo para esse grande desafio”, disse. O grupo de trabalho, segundo Lucineide, irá iniciar a discussão na primeira reunião de direção, que deverá ser realizada no início de 2016.

Além desta, foi proposta na plenária da CNQ a realização de um diagnóstico dos acordos e convenções do ramo químico para identificar avanços conquistados e incluí-los na pauta unificada nacionalmente. Os sindicatos também querem a realização de seminários para discutir fontes energéticas para a produção da indústria química, sustentabilidade, meio ambiente e saúde dos trabalhadores e trabalhadoras do setor, e reforçar a publicidade de cartilhas e demais materiais produzidos pela CNQ.

Uma última proposta que saiu da plenária realizada durante a tarde foi aproximar o ramo químico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por meio de reuniões para discussão de grandes temas do setor. Um dos grandes objetivos dessa proposta consiste em, de acordo com a presidenta da CNQ, discutir com o BNDES a importância estratégica do ramo químico para o desenvolvimento da indústria brasileira. “Nunca tivemos uma relação próxima com o BNDES. Está na hora de fazermos essa aproximação”, disse Lucineide.