ATAQUE DA VALE: SINTREXCOL resiste à tentativa de dividir a categoria da mineração
10 de Novembro de 2021
Sindical
Empresa propõe acordo com perdas salariais e termos diferentes do Acordo Coletivo Nacional
Companheiros do Sindicato Extrativo de Corumbá/Ladário (SINTREXCOL) estão na luta contra desmandos da VALE que, em meio à pandemia da covid-19 e cenário de descontrole da economia, com aumentos absurdos nos preços de itens básicos para as famílias de trabalhadores e trabalhadoras, quer arrochar salários e cortar direitos.
A empresa tenta negociar termos diferentes do Acordo Coletivo Nacional da categoria, que vem assegurando responsabilidades mútuas há muitos anos, mesmo registrando lucros extraordinários, como demonstrado no balanço do 1º trimestre.
Enquanto a inflação anual acumulada até outubro bateu 11,08%, a VALE quer congelar o piso dos trabalhadores e reajustar os salários em 7%, percentual que vem sendo aplicado quase semanalmente nos reajustes dos combustíveis.
A empresa também quer reduzir o adicional noturno para novos admitidos.
Presidente da CNQ-CUT, o companheiro Geralcino Teixeira alerta que a luta do SINTREXCOL para resistir a mais esse ataque da VALE é de grande legitimidade e importância para barrar uma situação que pode resultar em precedente perigoso para toda a categoria da mineração.
“A unificação da negociação é importante ferramenta para a luta organizada. O que está acontecendo é desrespeitoso, especialmente em um momento crítico de um acidente muito grave, com o desplacamento ocorrido no interior da Mina de Urucum”, destaca o dirigente.
MANIFESTO UNIFICADO
Em solidariedade aos companheiros do SINTREXCOL, outros quatro sindicatos lançaram Manifesto Unificado em defesa de um Acordo Coletivo de Trabalho “justo e com repercussão nacional”. São eles: Ferroviários do ES/MG; Metabase Mariana, Metabase Itabira e Ferroviários de BH.
“Repudiamos qualquer iniciativa que eventualmente esteja desenhada pelos patrões contra os trabalhadores na base do SINTREXCOL e nos manteremos unidos pelo estabelecimento de um acordo com cláusulas universais e que garantam direitos isonômicos, em pleno respeito aos princípios de um acordo coletivo de trabalho”, reforça o documento.