Ramo Químico presente: Centrais discutem Pauta Sindical com o Presidente Lula
18 de Janeiro de 2023
Sindical
Grupos de Trabalho serão estruturados com a participação da Classe Trabalhadora organizada; dirigentes da CNQ e de entidades filiadas estiveram em Brasília
Valorização do Salário Mínimo, Fortalecimento da Negociação Coletiva e dos Sindicatos, e Regulamentação do Trabalho por Aplicativos: esses foram os três pilares dos compromissos do Governo Lula reiterados, nesta quarta-feira (18.01), durante encontro do Presidente da República com as centrais e dirigentes sindicais.
A CNQ-CUT, bem como lideranças de entidades filiadas, participaram da agenda em Brasília (DF), que contou ainda com as contribuições dos ministros Luiz Marinho (Trabalho) e Rui Costa (Casa Civil).
Para a construção de propostas e ações em torno dos três pilares, serão criados Grupos de Trabalho com a participação do Movimento Sindical, com o qual a União rompeu o diálogo republicano desde o Golpe de 2016.
Presidente da CNQ, Geralcino Teixeira destacou a representatividade do ato, que reuniu oito centrais, incluindo a CUT, pela qual usou a palavra o companheiro Sérgio Nobre, presidente da maior entidade sindical da América Latina.
A direção da CNQ também se fez presente com os companheiros Paulo de Souza (Comunicação), Maicon Borges (Setorial Petroquímica e Fertilizantes), e Márcio Bob Cruz (Setorial Papel, Papelão e Celulosa), além de lideranças do Ramo Químico - dentre elas, o presidente da FUP, Deyvid Bacelar, e dezenas de dirigentes da categoria petroleira; e os companheiros Hélio Rodrigues (Químicos de SP), Raimundo Suzart (Químicos do ABC) e José Pinheiro (Sindiquímica-Bahia), além do presidente do TID-Brasil, Rafael Marques.
Secretária de Comunicação da FETQUIM, Nilza Pereira de Almeida discursou, em nome da Interssindical, e reiterou a importância dos recortes de gênero e raça nas pautas da classe trabalhadora.
Também participou do ato o ex-presidente da CNQ Aparecido Donizete da Silva, que assumirá a Secretaria-Geral da CUT Nacional.
“Foi importante porque apontou para o futuro. Desde a campanha eleitoral, eu alertava de que não poderíamos nos iludir com a retomada da forma como já foi estruturado e financiando o Movimento Sindical. Não há espaço nem condições políticas para um ‘revogaço’. Da forma como ficou após a Reforma Trabalhista, por outro lado, também não é possível sustentar a representação das trabalhadoras e dos trabalhadores, como reconhece o Presidente Lula. O mundo mudou e, por meio dos grupos de trabalho e do diálogo político, teremos que construir uma nova relação entre capital e trabalho, com justiça e direitos”, avalia Geralcino.
Para Paulo Souza, a retomada da Política de Valorização do Salário Mínimo confirma o compromisso do Novo Governo com a classe trabalhadora, incluindo aposentados, pensionistas e beneficiários de programas sociais com valores atrelados.
Maicon Borges destacou o simbolismo do Movimento Sindical voltar a ocupar um dos espaços atacados pelos atos terroristas de 8 de janeiro, dando exemplo de que o diálogo é o caminho para os avanços e as construções coletivas na democracia.
Já Márcio Bob Cruz reitera a importância da recriação do Ministério do Trabalho, cuja atuação, em consonância com os avanços da macroeconomia, deve conciliar o crescimento com a geração de empregos de qualidade e distribuição das riquezas.